As manifestações ocorridas no último final de semana, na sexta (13) e no domingo (15), expressaram o momento político que o país passa: uma ruptura entre duas linhas de pensamento.
Eu explico.
Na minha opinião, PSDB e PT até um certo ponto se complementaram. O PSDB de certa forma arrumou a casa depois dos caóticos Governos de Sarney e Collor, estabilizando a economia e criando o plano real, fazendo com que, sem a hiperinflação, o trabalhador pudesse se planejar e seus salários não fossem corroídos.
O PT veio e manteve o que estava dando certo e ampliou os programas sociais, distribuiu renda, ampliou o acesso a cursos de graduação e técnicos entre outras ações, e no plano internacional acertadamente ficou ao lado e fortaleceu o bloco dos BRICS, que defende a multilateralidade e surge como alternativa a um modelo unilateral e de pilhagem neocolonial liderado pelos Estados Unidos.
Porém essa complementariedade entre os principais partidos do Brasil acabou.
Uma ruptura ocorrida durante a última eleição e que se mantém faz com que o sistema político brasileiro e o próprio Brasil precisem se reinventar. Claro que o Brasil é a soma de cada um dos Brasileiros, e precisamos cada um dar essa contribuição. O país só irá se reinventar se cada um de nós também nos reinventarmos.
Por isso vejo de forma positiva ambas manifestações, tirando os radicalismos, pode ser o começo da mudança. É das crises que surge sempre o novo, o diferente, e é isso que esperamos todos nós, brasileiros, que aconteça.
