quarta-feira, 29 de maio de 2013

OS ÍNDIOS DO XINGU E TAPAJÓS CONTRA OS IDIOTAS DA OBJETIVIDADE



OS ÍNDIOS DO XINGU E TAPAJÓS CONTRA OS IDIOTAS DA OBJETIVIDADE

O que você faria se alguém invadisse sua casa, desarrumasse seus móveis, sujasse sua água, matasse seus animais e impedisse você de transitar livremente por seus aposentos? Aposto que você vai dizer: "ah, mas ninguém é doido de fazer isso comigo. Eu iria morrer lutando pelo que é meu". 

Pois é, se você partiria para a briga, lutando por seus direitos, o que você dirá dos índios do Xingu e do Tapajós, que hoje tentam fazer o governo entender que obras faraônicas, que atendem prioritariamente aos interesses das grandes indústrias nacionais e multinacionais, representam o risco de fazer ruir um modo de vida construído há séculos, baseado no respeito à floresta e aos rios de onde eles extraem o sustento?

Tenho lido, inclusive na imprensa local, críticas e editoriais idiotas, afirmando que os índios não sabem o que dizem ou o que fazem ao ocuparem os canteiros da hidrelétrica de Belo Monte. Claro que sabem, e muito mais do que os estúpidos que escrevem asneiras para defender os senhores feudais do capitalismo, este sim, selvagem, que transformou a Amazônia na terra do "salve-se quem puder". Ou souber.

A política do fato consumado em que Belo Monte se transformou ainda vai cobrar seu alto preço lá na frente, em um futuro nada distante. 
E aí, os idiotas rodrigueanos da objetividade, que hoje aplaudem a repressão aos índios, já terão morrido e não verão o estrago social e ambiental que a obra provocou.

Certamente, debaixo de suas sepulturas caiadas, ainda aplaudirão o resultado, argumentando que esse é o preço que tivemos de pagar pelo "progresso e desenvolvimento".
Os índios do Xingu (à direita) pedem respeito em relação à eles, e estão revoltados pelos desmandos do Governo Dilma   -->>

O que você faria se alguém invadisse sua casa, desarrumasse seus móveis, sujasse sua água, matasse seus animais e impedisse você de transitar livremente por seus aposentos? Aposto que você vai dizer: "ah, mas ninguém é doido de fazer isso comigo. Eu iria morrer lutando pelo que é meu". 

Pois é, se você partiria para a briga, lutando por seus direitos, o que você dirá dos índios do Xingu e do Tapajós, que hoje tentam fazer o governo entender que obras faraônicas, que atendem prioritariamente aos interesses das grandes indústrias nacionais e multinacionais, representam o risco de fazer ruir um modo de vida construído há séculos, baseado no respeito à floresta e aos rios de onde eles extraem o sustento?

Tenho lido, inclusive na imprensa local, críticas e editoriais idiotas, afirmando que os índios não sabem o que dizem ou o que fazem ao ocuparem os canteiros da hidrelétrica de Belo Monte. Claro que sabem, e muito mais do que os estúpidos que escrevem asneiras para defender os senhores feudais do capitalismo, este sim, selvagem, que transformou a Amazônia na terra do "salve-se quem puder". Ou souber.

A política do fato consumado em que Belo Monte se transformou ainda vai cobrar seu alto preço lá na frente, em um futuro nada distante. 

E aí, os idiotas rodrigueanos da objetividade, que hoje aplaudem a repressão aos índios, já terão morrido e não verão o estrago social e ambiental que a obra provocou.

Certamente, debaixo de suas sepulturas caiadas, ainda aplaudirão o resultado, argumentando que esse é o preço que tivemos de pagar pelo "progresso e desenvolvimento".

Por Carlos Mendes



segunda-feira, 27 de maio de 2013

"Uma mentira engole a outra, que engole a outra". Por Ricardo Noblat (ainda sobre o Bolsa Família)



                                                      Na foto: Ministra Maria do Rosário


O que foi que na semana passada a ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, atribuiu à central de notícias da oposição?

O que Dilma, por sua vez, chamou de “desumano e criminoso”?

Lula, de ação praticada por “gente do mal”?

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, de “manobra orquestrada”?

E Ruy Falcão, presidente nacional do PT, de “terrorismo eleitoral”?

No sábado 18, e no dia seguinte em 13 estados, um milhão de clientes do programa Bolsa Família invadiu agências lotéricas para sacar suas mesadas fora do dia marcado. Boatos davam conta de que o programa seria extinto ou suspenso. Ou que Dilma autorizara o pagamento de um bônus.

Houve quebra-quebra. A polícia foi acionada.

A ministra Maria do Rosário corrigiu-se poucas horas depois de ter pendurado na conta da oposição as consequências dos boatos. Qualificou de “singela” sua própria opinião - não mais do que "singela". E garantiu com a inocência que Deus lhe deu: “Não quero politizar”.

Ora, ora, ora...

Quem por meio de uma “manobra orquestrada” poderia fazer “terrorismo eleitoral”? Aliados do governo? Claro que não.

Uma vez politizado o episódio, politizado está. Só que aos poucos ameaça se voltar contra o governo. Na melhor das hipóteses teria sido um caso de má gestão polvilhado com mentiras.

Entre as tardes do sábado e do domingo, quando pessoas em desespero se empurraram e depredaram agências lotéricas na caça ao tesouro do Bolsa Família, dois gerentes regionais da Caixa Econômica sugeriram que um erro do sistema de pagamento seria o responsável pela liberação do dinheiro em desacordo com o calendário do programa. Um deles, Hélio Duranti, do Maranhão, foi preciso.

“Os boatos surgiram após um atraso no pagamento do benefício ocorrido em todo o país. A situação foi normalizada, mas muita gente procurou os caixas eletrônicos ao mesmo tempo e o dinheiro acabou”, disse ele. “Quem não encontrou ficou revoltado e quebrou os caixas”.

A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, preferiu observar: “Não existe qualquer motivação para que a gente pudesse gerar esse tipo de intranquilidade para a população”.

Será?

A direção da Caixa Econômica atravessou a semana negando que tivesse mexido no calendário de pagamento. Até que na última sexta-feira, a Folha de S. Paulo encontrou em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, a dona de casa Diana dos Santos, 34 anos. Na sexta anterior ela fora a um caixa eletrônico sacar os R$ 32,00 do Bolsa Família referentes a abril. Ao inserir seu cartão, sacou os R$ 32,00 de abril e os R$ 32,00 de maio.

“Recebo o Bolsa Família há anos e nunca pagaram antecipadamente”, comentou Diana. “Acho que outras pessoas receberam também, avisaram aos conhecidos e virou essa confusão”.

A Caixa inventou então outra história depois que se desmanchou no ar a história que ela vinha contando. Soltou uma nota dizendo:

- A Caixa Econômica esclarece que vem realizando, desde março, diversas melhorias no Cadastro de Informações Sociais. Em consequência desse procedimento, na sexta-feira (17), primeiro dia do calendário de pagamentos de benefícios do Bolsa Família do mês de maio, o banco disponibilizou o saque independentemente do calendário individual.

O pagamento é feito levando-se em conta o último número do cartão magnético de cada bolsista. A Caixa liberou o dinheiro para pagar de vez a todo mundo, mas não avisou a ninguém. De resto, não explicou como uma operação dessa natureza pode melhorar seu Cadastro de Informações Sociais.

É razoável desconfiar que a Caixa mentiu outra vez.

Para mudar o sistema de pagamento do Bolsa Família permitindo saques em outras datas, o Conselho Deliberativo da Caixa teria de ser obrigatoriamente consultado - e não foi, segundo me contou um dos seus membros. Ou informado - e também não foi.

A Caixa esconde que houve uma falha no sistema, o que tornou possíveis os pagamentos fora de hora.

No dia em que a Folha pegou a mentira da Caixa, uma fonte da Polícia Federal, mediante a garantia prévia de anonimato, revelou ao O Globo em Brasília que fora localizada no Rio de Janeiro a central de telemarketing responsável pela difusão dos boatos.

Não disse o nome da central. Nem do seu proprietário. Não disse quem a contratou. Nem como a central teve acesso aos números de telefones de inscritos no Bolsa Família.

Sem acesso aos números de telefones como a central poderia disseminar boatos?

Enquanto a Polícia Federal não revelar o nome da empresa e não apresentar o criminoso que encomendou o serviço, sobreviverá a suspeita de que ela mente para livrar a cara da Caixa Econômica.

domingo, 26 de maio de 2013

UMA ANÁLISE SOBRE O BOLSA FAMÍLIA, OS BOATOS DE SUA EXTINÇÃO E AS ELEIÇÕES DE 2014....


                Programas de Transferência de renda se iniciaram nos governos FHC e tinham um objetivo nobre, porém o PT se apropriou e o transformou em instrumento de manutenção de poder, às custas do pobre.



Os Programas de transferência de renda se iniciaram nos Governos Fernando Henrique Cardoso, (1995 a 2002) e era para 'dar o peixe', enquanto gradualmente se 'ensinava a pescar'. Esses programas se chamavam Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Vale Gás, e aí veio o PT e juntou tudo em uma programa, - o que foi até uma boa sacada - e chamou de Bolsa Família.
Porém, a partir deste ponto, desvirtuou o programa completamente.
Passou, no dizer muito acertado do nobre senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), a ser 'o maior programa de compra de votos do mundo'..... O que era para ser provisório se tornou permanente, e virou instrumento de 'chantagem eleitoral': ou vota no PT ou perde a 'boquinha'...
O PT se apropriou de uma iniciativa do PSDB e dos Governos FHC, o distorceu, fazendo do mais humilde escravo e não protagonista... 
O PT se diz ao lado do pobre, do mais humilde, mas na verdade usa e abusa dele, fazendo cativo de seus populismos irresponsáveis! Semana passada, a 'Presidenta' ficou desesperada com o boato sobre a extinção do Bolsa Família, não porque está preocupada com os pobres, mas porque da maneira como seu partido o configurou, será seu maior cabo eleitoral em 2014.

terça-feira, 14 de maio de 2013

"O PT não gosta da democracia" por Marco Antonio Villa






O PT não gosta da democracia. E não é de hoje. Desde sua fundação foi predominante no partido a concepção de que a democracia não passava de mero instrumento para a tomada do poder.

Deve ser recordado que o partido votou contra a aprovação da Constituição de 1988 — e alguns dos seus parlamentares não queriam sequer assinar a Carta.

Depois, com a conquista das primeiras prefeituras, a democracia passou a significar a possibilidade de ter acesso aos orçamentos municipais. E o PT usou e abusou do dinheiro público, organizando eficazes esquemas de corrupção.

O caso mais conhecido — e sombrio — foi o de Santo André, no ABC paulista. Lá montaram um esquema de caixa 2 que serviu, inclusive, para ajudar a financiar a campanha presidencial de Lula em 2002.

Deve ser recordado que auxiliares do prefeito Celso Daniel, assassinado em condições não esclarecidas, hoje ocupam posições importantíssimas no governo (como Gilberto Carvalho e Míriam Belchior).

Antes da vitória eleitoral de 2002, os petistas já gozavam das benesses do capitalismo, controlando fundos de pensão de empresas e bancos estatais; e tendo participação no conselho gestor do milionário Fundo de Amparo ao Trabalhador. Os cifrões foram cada vez mais sendo determinantes para o PT.

Mesmo assim, consideravam que a “corrupção companheira” tinha o papel de enfrentar o “poder burguês” e era o único meio de vencê-lo. Em outras palavras, continuavam a menosprezar a democracia e suas instâncias.

Chegaram ao poder em janeiro de 2003. Buscaram uma aliança com o que, no passado, era chamado de burguesia nacional. Mas não tinham mudado em nada sua forma de ação.

Basta recordar que ocuparam mais de 20 mil cargos de confiança para o partido. E da noite para o dia teve um enorme crescimento da arrecadação partidária com o desconto obrigatório dos salários dos assessores. Foi a forma petista, muito peculiar, de financiamento público, mas só para o PT, claro.

Não satisfeitos, a liderança partidária — com a ativa participação do presidente Lula — organizou o esquema do mensalão, de compra de uma maioria parlamentar na Câmara dos Deputados. Afinal, para um partido que nunca gostou da democracia era desnecessário buscar o debate. Sendo coerente, através do mensalão foi governando tranquilamente e aprovando tudo o que era do seu interesse.

O exercício do governo permitiu ao PT ter contato com os velhos oligarcas, que também, tão qual os petistas, nunca tiveram qualquer afinidade com a democracia. São aqueles políticos que se locupletaram no exercício de funções públicas e que sempre se colocaram frontalmente contrários ao pleno funcionamento do Estado democrático de Direito.

A maior parte deles, inclusive, foram fiéis aliados do regime militar. Houve então a fusão diabólica do marxismo cheirando a naftalina com o reacionarismo oligárquico. Rapidamente viram que eram almas gêmeas. E deste enlace nasceu o atual bloco antidemocrático e que pretende se perpetuar para todo o sempre.

As manifestações de desprezo à democracia, só neste ano, foram muito preocupantes. E não foram acidentais. Muito pelo contrário. Seguiram e seguem um plano desenhado pela liderança petista — e ainda com as digitais do sentenciado José Dirceu. Quando Gilberto Carvalho disse, às vésperas do Natal do ano passado, que em 2013 o bicho ia pegar, não era simplesmente uma frase vulgar. Não.

O ex-seminarista publicizava a ordem de que qualquer opositor deveria ser destruído. Não importava se fosse um simples cidadão ou algum poder do Estado. Os stalinistas não fazem distinção. Para eles, quem se opõe às suas determinações não é adversário, mas inimigo, e com esse não se convive, se elimina.

As humilhações sofridas por Yoani Sánchez foram somente o começo. Logo iniciaram a desmoralização do Supremo Tribunal Federal. Atacaram violentamente Joaquim Barbosa e depois centraram fogo no ministro Luiz Fux. Não se conformaram com as condenações. Afinal, o PT está acostumado com os tribunais stalinistas ou com seus homólogos cubanos.

E, mais, a condenação de Dirceu como quadrilheiro — era o chefe, de acordo com o STF — e corrupto foi considerada uma provocação para o projeto de poder petista.

Onde já se viu um tribunal condenar com base em provas, transmitindo ao vivo às sessões e com amplo direito de defesa? Na União Soviética não era assim. Em Cuba não é assim. E farão de tudo — e de tudo para o PT tem um significado o mais amplo possível — para impedir que as condenações sejam cumpridas.

Assim, não foi um ato impensado, de um obscuro deputado, a apresentação de um projeto com o objetivo de emparedar o STF. Absolutamente não. A inspiração foi o artigo 96 da Constituição de 1937, imposta pela ditadura do Estado Novo, honrando a tradição antidemocrática do PT.

E o mais grave foi que a Comissão de Constituição e Justiça que aprovou a proposta tem a participação de dois condenados no mensalão e de um procurado pela Interpol, com ordem de prisão em mais de cem países.

A tentativa de criar dificuldades ao surgimento de novos partidos (com reflexos no tempo de rádio e televisão para a próxima eleição) faz parte da mesma estratégia. É a versão macunaímica do bolivarianismo presente em Venezuela, Equador e Bolívia.

E os próximos passos deverão ser o controle popular do Judiciário e o controle (os petistas adoram controlar) social da mídia, ambos impostos na Argentina.


O PT tem plena consciência que sua permanência no poder exigirá explicitar cada vez mais sua veia antidemocrática.
C

segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Grande" nem sempre é "forte". Editorial O Globo




Os petistas souberam politizar, com objetivos eleitorais, a questão da participação do Estado na economia. Nos embates com a oposição do PSDB e seus candidatos, conseguiram, até por incompetência destes, passar a ideia de que são defensores do “patrimônio público”, enquanto todos os que se opõem a eles não passam de vendilhões do templo.

O reducionismo eleitoreiro funcionou muito bem na reeleição de Lula, em 2006, e, volta e meia, serve de arma em debates políticos. Essa postura cai bem num partido que carrega o DNA da esquerda tradicional, cuja visão de mundo continua a defender um Estado forte, tutor da sociedade, sabedor do que é o melhor para as pessoas e o país.

Um Estado intervencionista ao extremo. Não estranha, portanto, que avanços conseguidos nestes 10 anos de PT no poder sejam creditados à ação do Estado. Outro reducionismo.

Na verdade, tucanos e petistas são galhos da mesma árvore ideológica da esquerda, mas com diferenças de fundo quando se trata do entendimento do que deve ser a democracia.

Os tucanos, plasmados pela social-democracia europeia, não atacam a democracia representativa, têm um projeto menos intervencionista, mas também nele o Estado não ocupa papel secundário.

Tanto que o aumento avassalador da carga tributária nos últimos 16 anos — cerca de dez pontos percentuais de PIB — inicia-se no primeiro governo FH. Com Lula, o processo foi mantido, e, de fato, o Estado passou a ocupar uma posição mais central.

Principalmente na área social. Programas de transferência de renda herdados da fase tucana — gás subsidiado, filhos na escola como contrapartida de uma bolsa financeira — foram reunidos em um único programa, o Bolsa Família, hoje um enorme guichê de distribuição de R$ 24 bilhões anuais a, direta e indiretamente, 50 milhões de pessoas.

Num segundo momento, aumentou a ingerência do Estado na economia. A crise mundial, cujo estopim foi o estouro de uma bolha financeira imobiliária nos Estados Unidos, em 2008, serviu de pretexto para o aprofundamento de um projeto estatista que restabeleceu no BNDES uma política de “escolha” de “campeões” por setores, no estilo da utilizada — também sem sucesso — na ditadura militar pelo governo do presidente Ernesto Geisel.

Pouco antes, com a descoberta do pré-sal, a mesma ideologia inspirou o estabelecimento do monopólio da Petrobras na operação nessa nova área e a participação cativa em 30% de todos os consórcios que venham a atuar nessa fronteira de exploração.

É quase certo que a estatal não terá condições financeiras de atuar dessa forma no pré-sal, por ter sido desestabilizada financeiramente por uma gestão de inspiração sindical.

Se o discurso estatista continua, na prática o governo Dilma, às voltas com a inflação e baixo crescimento, precisa atrair capitais privados para investir na carente infraestrutura do país, na qual um Estado assoberbado com despesas primárias — funcionalismo, previdência, assistencialismo — não tem mais condições de atuar.

O estatismo enfraqueceu o Estado brasileiro. Confundiram Estado grande com Estado forte.

domingo, 12 de maio de 2013

QUESTÃO PSICOLÓGICA É O PRINCIPAL ENTRAVE DO REMO NOS JOGOS DECISIVOS


                        O Fenômeno Azul, em jogo de 2011 cujo time foi bem montado por Paulo Comelli,
                         Mas o psicológico.....

         Fica evidenciado, com mais uma derrota no campeonato Paraense, - e a consequente impossibilidade de seguir disputando o calendário nacional, que o problema do clube do Remo está mais na cabeça do que nos pés. Em todos os níveis do futebol, e em todos os esportes tanto em nível nacional quanto mundial essa questão é muito comum, embora passe desapercebido por muitos profissionais do esporte e da imprensa que cobre o mundo esportivo.

         Aquele impressionante e histórico tabu, de 33 jogos e cinco anos sem que o Remo soubesse o que é derrota para o maior rival, Paysandu, entra nessa análise. A Superioridade ao longo desse tempo sempre foi psicológica. Claro que dentro de campo o Remo tinha um time que fazia jús ao feito, mas em muitas destas partidas o Paysandu jogou melhor, esteve próximo de vencer, quebrar o ‘tabu’ e vencer o campeonato, mas no último instante vinha um lance imprevisto, uma falta, um escanteio, e tudo ia por água abaixo, como naquela partida em que o Remo virou com Agnaldo como fator decisivo.

          Vamos aqui há alguns outros exemplos mundo afora, tanto no futebol quanto em outros esportes. Em Copas do Mundo já é notório que a seleção Brasileira, por exemplo, tem bloqueios psicológicos quando enfrenta a França por exemplo. Perdeu a Copa de 1998 de forma vexatória ao ser goleado por 3-0, e depois foi eliminado da Copa de 2006 perdendo por 1-0, naquele gol de Thierry Henri, no qual Roberto Carlos foi ajeitar o meião e esqueceu de marcar o goleador Francês. O Brasil também perdeu para a França em uma Copa das Confederações.

            Em sentido inverso, também algumas seleções não conseguem vencer a seleção brasileira há muito tempo mesmo - muitas vezes - jogando melhor, é o caso da Itália, que no último amistoso realizado foi empatar depois de uma desvantagem de dois gols, e poderia ter vencido, mas o paredão psicológico impediu a azurra de fazê-lo, e no histórico fica evidenciado a questão do boicote psicológico: Fazem 31 anos que os italianos não sabem o que é vencer o Brasil, a última vez foi em 1982, naquele jogo de lembranças fatídicas ao torcedor brasileiro.

               Muitas vezes, para furar esse bloqueio, basta que se ganhe uma única vez. Cito um exemplo no Vôlei masculino. Brasil e Rússia nessa modalidade tem as melhores seleções do mundo. Porém, no confronto direto, os russos ficaram sem vencer o Brasil por anos a fio, mesmo muitas vezes jogando melhor. No entanto, em uma recente liga Mundial, em um jogo em que o Brasil estava já classificado, o técnico Bernardinho decidiu poupar os titulares, o que seria lógico. Porém, como os russos precisavam vencer para prosseguir na competição, se aproveitaram da situação e venceram o Brasil por 3 sets 0 em um jogo aparentemente sem importância para o Brasil.

               Todavia, no aspecto psicológico, o jogo teve uma dimensão que o excelente técnico brasileiro não levou em consideração: Os russos a partir dali, furaram o bloqueio que lhes impedia de vencer a seleção, e o que aconteceu? Por ironia do destino as duas seleções chegaram na final do mesmo torneio, e adivinha quem venceu? Os russos!

                A dimensão psicológica agora está favorável aos russos. A Prova disso é que,  na final entre ambos ano passado nas Olimpíadas de Londres, valendo medalha de ouro, o Brasil vencia fácil por 2 sets a 0, e o 3º set também estava à frente,  encaminhando o tão sonhado ouro olímpico.

                 Todavia, o 3º set foi vencido pelos russos de forma dramática,  e se agigantaram de tal forma que venceram o 4º set, empatando a partida (2 sets 2), e no tie break, atropelaram a seleção, que perdeu a medalha de ouro em uma derrota dolorosa, mas provou que em um confronto entre duas seleções excelentes e talentosas,  o aspecto psicológico é um fator desequilibrante. Se não tivesse subestimado esse aspecto, Bernardinho não teria aberto a ‘janela de oportunidade’ pela qual os russos se aproveitaram.

                   De volta ao futebol, um outro bloqueio que foi furado, pelo menos no nível de clubes, foi o que aconteceu com os alemães. A Alemanha não ganhava um torneio de clubes na Europa (seja eles quais fossem, seja Liga dos campeões, Copa da UEFA...etc) desde 2001, quando o Bayern ganhou a Liga dos Campeões do Valência nos pênaltis. De lá para cá, embora seus clubes chegassem nas fases mais decisivas, como semifinais e final, - inclusive o Bayern chegou em duas, perdendo ambas – sempre se ressentiam do aspecto psicológico desfavorável. Em linguagem popular tinham a síndrome do nadar, nadar e morrer na praia....

                    Porém este bloqueio foi furado com as vitórias acachapantes de Bayern e Borussia, respectivamente sobre Barcelona e Real Madrid. E agora finalmente, após 13 anos de jejum, um clube alemão levantará a taça mais importante de clubes do mundo. Resta a seleção daquele país também quebrar esse paradigma, pois igualmente à seus clubes, sempre chega em semifinais e final tanto de Copa do Mundo quanto de Eurocopa, mas acaba vendo com lágrimas os adversários levantarem a taça. A Seleção Alemã não ganha uma Copa do Mundo há 24 anos (a última foi em 1990) e a última Eurocopa foi em 1996, há 20 anos (contando que a próxima será em 2016). Porém o êxito de seus clubes pode influenciar no desempenho da seleção em jogos decisivos.

                      Voltando ao clube do Remo, certamente esse aspecto lhe tem causando os dissabores nos momentos decisivos, como a derrota recente para o Paragominas, clube em que tinha vencido com relativa facilidade por duas vezes no 1º turno (1ª fase por 3-2 e semifinais por 2-0) além da vitória no jogo de ida da final do 2º Turno (1-0). Ano passado o aspecto psicológico lhe fez perder a final do campeonato em um espaço de 4 minutos, sofrendo 2 gols que empataram a partida e dando o título ao Cametá.

                        Se dentro de campo o aspecto psicológico têm lhe tirado títulos e vagas em competições nacionais, o fator ‘extra-campo’ contribui para isso. Com mandatários de mentalidade arcaica e retrógrada, não percebem que o futebol moderno leva em consideração todos os aspectos do ser humano, em um trabalho holístico. E o psicológico é um dos mais importantes. Tem-se feito um trabalho de acompanhamento psicológico?

                        Muito embora o time mude todo ano, não sendo na maioria das vezes os mesmos elementos, (o que é um erro, mas isso é para uma outra discussão) mas a mentalidade do derrotismo nas partidas decisivas fica entranhada no ambiente do clube, na cabeça dos funcionários, dos ‘beneméritos’, diretores..etc e até na torcida! Portanto, há que se fazer um trabalho para evitar que essa ‘massa mental negativa’ contamine os jogadores que vem ao clube toda a temporada.

                         Mas isso mudará enquanto os atuais dirigentes com a mentalidade que possuem permanecerem no clube? 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Deputado e pastor Marco Feliciano defendeu em Plenário Pastor preso acusado de Estupro, Tráfico de drogas e de Armas



Deputado Marco Feliciano defendeu no plenário da Câmara dos Deputados o Pastor Marcos Pereira da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias que é acusado de estuprar fiéis (Mulheres e meninas) e se envolver com tráfico de drogas e de armas, veja no Vídeo: 

http://www.youtube.com/watch?v=0vdcZlN8VBs


E por conta disso foi preso hoje no Rio de Janeiro (08/05). Parte dos crimes aconteceu em apartamento luxuoso da Igreja em Copacabana, Zona Sul do Rio, veja os detalhes e sua prisão neste Link:

 http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/video-mostra-momento-da-prisao-do-pastor-suspeito-de-abusar-de-fieis-rj.html




                  Marco Feliciano posa em foto com o Pastor que foi preso, Marcos Pereira,  sob acusação de crimes graves como estupro de fiés e tráfico de drogas e de armas.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Rei Artur pode ser candidato a presidente do Remo



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Rei Artur pode ser candidato a presidente do Remo  (Foto: Arquivo/Diário do Pará)
(Foto: Arquivo/Diário do Pará)
Com a eleição para o Conselho Diretor (Codir) – presidente e diretoria – do Clube do Remo prevista somente para 2014, as forças política já começam a se movimentar nos bastidores da agremiação.
Pleiteando eleições diretas – com os sócios adimplentes votando para escolher a nova diretoria -, a Associação de Sócios do Remo (Assoremo) já cogita indicação do ex-jogador e ídolo azulino Artur Oliveira, o Rei Artur.
“Essa possibilidade existe sim. Eu conversei pessoalmente com o Artur e ele se mostrou propenso a entrar nesta disputa. Porém, não está nada resolvido. A única certeza é que teremos candidato próprio sim”, revelou o presidente da Assoremo, Thiago Passos.
Em entrevista ao DOL, Artur Oliveira não garantiu que será candidato, mas deixou transparecer que pode embarcar nesta proposta.
“Eu sempre estive à disposição do Remo para qualquer função, mas só podemos pensar e falar sobre candidatura quando forem definidas eleições diretas no clube. Antes disso, será somente perda de tempo”, desabafou. Em entrevista à Rádio Clube do Pará, Artur já havia declarado a vontade de concorrer ao cargo máximo do Leão Azul.
Nas redes sociais e círculos remistas, Rei Artur tem grande apoio para a disputa da presidência.
A Assoremo pediu a renúncia do presidente do Codir, Sergio Cabeça, e do Conselho Deliberativo (Condel), Manoel Ribeiro, e eleições diretas antecipadas para agosto de 2013. No entanto, para ter eleições diretas, uma assembleia geral de sócios devem aprovar o novo estatuto. A referida reunião ainda não está marcada pelo Condel azulino.
(Felipe Melo/DOL)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vladimir Putin quer filme sobre Lev Yashin, o "Aranha Negra".



Viúva do Aranha Negra avisou que não permitirá a produção da obra


O Presidente Vladimir Putin pediu aos seus ministros para debaterem sobre a possibilidade de fazer um filme sobre a vida do goleiro Lev Yashin, mas a viúva do atleta, Valentina Yashina, já adiantou que não permitirá o lançamento da obra enquanto estiver viva. Perguntado sobre a questão durante um programa de televisão, o chefe de Estado afirmou que espera ter o longa pronto até a Copa da Rússia, em 2018.


Yashin, o Aranha Negra,   é considerado um ícone do futebol soviético pelas suas atuações heroicas nas décadas de 1950 e 60. Ele foi escolhido como o maior goleiro do século XX pela FIFA. 

Lev Yashin é considerado o maior goleiro da história

A oposição de Valentina, segundo a mesma, é por medo de ser representada em situações constrangedoras nas telas, como em cenas de nudez ou de dança. Mas a notícia sobre a obra também repercutiu positivamente. Vyacheslav Malafeev, goleiro do Zenit São Petersburgo, que defendeu a seleção nacional em 29 oportunidades, declarou total apoio à produção. Pelo seu Twitter, o jogador disse que sempre pensou em fazer um filme sobre Yashin e que espera poder participar do projeto.
Fonte: www.diariodarussia.com.br