quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O mamute incontrolado


Por Lúcio Flávio Pinto

Durante os próximos 30 dias, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social pretende liberar 19,6 bilhões para o projeto, que já recebeu do mesmo BNDES, em duas parcelas, neste ano, R$ 2,9 bilhões. O total do comprometimento, assim, é de R$ 22,5 bilhões. O montante representa 80% dos R$ 28,9 bilhões previstos para serem usados até tornar Belo Monte a terceira maior hidrelétrica do mundo.
Os títulos desta transação impressionam. Trata-se do maior empréstimo de toda história de 60 anos do banco. É três vezes maior do que a operação que ocupava até então o primeiro lugar no ranking do BNDES, os R$ 9,7 bilhões destinados à refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A usina do Xingu engolirá quase todos os recursos previstos — R$ 23,5 bilhões — para a área de infraestrutura nesse segmento, excluindo o metrô.
Os elementos de grandiosidade não param aí. Belo Monte é a maior obra em andamento no Brasil e a joia da coroa do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, transmitido por Lula a Dilma.
Com a aprovação do empréstimo, o governo dá o recado: contra todos os seus adversários e enfrentando atropelos pelo caminho, a enorme hidrelétrica continuará em andamento acelerado. Quer que a primeira das 24 gigantescas turbinas comece a gerar energia em fevereiro de 2015 e a última, em janeiro de 2019. Não por acaso, Belo Monte ganhou do governo Lula o título de hidrelétrica estratégica, a primeira com esse tratamento no Brasil.
Principal item do Plano Decenal de Energia (2013/2022), Belo Monte, com seus 11,2 mil megawatts nominais, contribuirá — nos cálculos oficiais — com 33% da energia que será acrescida à capacidade brasileira de produção durante o período da motorização das suas máquinas, entre 2015 e 2019. Teria condições de atender à demanda de 18 milhões de residência e 60 milhões de pessoas, ou ao consumo de toda população das regiões Sul e Nordeste somadas.
Não surpreende que o BNDES, com uma carteira de negócios desse porte, tenha se tornado maior do que o Banco Mundial, sediado em Washington, algo "nunca antes" inimaginável, como diria o ex-presidente Lula. Além dos milionários recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que estão à sua disposição, apesar da paradoxal relação, e da sua receita própria, o banco tem recebido crescentes aportes do tesouro nacional, uma preocupante novidade nos últimos tempos. A opinião pública parece não atentar para a gravidade desse fato.
Tanto dinheiro público chegou ao caixa do BNDES a pretexto de fortalecer o capitalismo brasileiro, que agora se multinacionaliza. Um dos focos das aplicações intensivas do banco é o controverso setor dos frigoríficos, alçado ao topo do ranking internacional pela pesada grua financeira estatal.
Com paquidérmicos compromissos de desencaixe de dinheiro, o BNDES tem sido cada vez mais socorrido pelo governo federal. É o que acontece no caso de Belo Monte. Dos R$ 22,5 bilhões aprovados para a hidrelétrica, apenas R$ 9 bilhões são recursos próprios do banco, que não os aplicará diretamente: R$ 7 bilhões serão repassados através da Caixa Econômica Federal e R$ 2 bilhões por meio de um banco privado, o BTG Pactual. Os outros R$ 13,5 bilhões sairão do caixa do tesouro nacional, o que quer dizer dinheiro arrecadado através dos impostos federais — do distinto público, portanto.
É interessante a composição dessa transação. O BNDES recorreu às duas outras instituições financeiras, ao invés de fazer ele próprio o negócio, sob a alegação de risco de inadimplência. Se o tomador do dinheiro, que é a Norte Energia, controlada por fundos e empresas estatais federais, não pagar o empréstimo, os intermediários responderão pelo calote. Naturalmente, cobrando o suficiente (e algo mais) para se resguardarem desse risco.
Já o dinheiro do cidadão, gerido pela União, terá aplicação direta pelo BNDES. Da nota divulgada ontem pelo banco deduz-se que esta parte do negócio é imune à inadimplência. Provavelmente não pela inexistência de risco, o que é impossível nesse tipo de operação. Talvez porque, se o dinheiro não retornar, quem sofrerá será o erário, e o contribuinte, no fundo do seu bolso.
O orçamento da hidrelétrica de Belo Monte começou com a previsão de R$ 9 bilhões. Hoje está três vezes maior. Nem o "fator amazônico", geralmente considerado complicador imprevisível em virtude das condições das regiões pioneiras, de fronteira, nem a inflação ou os dados disponíveis sobre as obras em andamento, que já absorveram quase R$ 3 bilhões em menos de dois anos, explicam esse reajuste.
Foi assim com a hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, no Pará, a quarta do mundo. Ela começou a ser construída em 1975 e a primeira das 23 turbinas entrou em atividade em 1984. O orçamento era inicialmente de 2,1 bilhões de dólares. Chegou a US$ 7,5 bilhões por cálculos extraoficiais, numa época em que a moeda nacional estava desvalorizada. Mas talvez tenha ido além da marca de US$ 10 bilhões.
O precedente devia estimular a opinião pública a se acautelar, ao invés de se omitir, como se a parte mais sensível do corpo humano já não fosse mais o bolso

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

"O sorriso e o esgar". Por Augusto Nunes


A foto de Dida Sampaio é mais que o registro do momento em que Dilma Rousseff, presidente da República há quase dois anos, cumprimentou o ministro Joaquim Barbosa, que acabara de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. A imagem documenta a colisão frontal, estridentemente silenciosa, entre sentimentos antagônicos.

O chefe do Poder Judiciário está feliz. A chefe do Poder Executivo está contrafeita, nas fímbrias da amargura. Joaquim Barbosa é o anfitrião de uma festa. Dilma Rousseff é a conviva involuntária que nada tem a festejar. Ele se sente em casa e pensa no que fará. Ela pensa no que ele anda fazendo e se sente obrigada a enviar um recado fisionômico aos condenados no julgamento do mensalão: se pudesse, estaria longe dali.

Só ele sorri. O sorriso contido informa que o ministro não é homem de exuberâncias e derramamentos. Mas é um sorriso. Os músculos faciais se distenderam, os dentes estão expostos, o movimento da pálpebra escava rugas nas cercanias do olho esquerdo. O que se vê no rosto da presidente é um esgar. A musculatura contraída multiplica os vincos na face direita, junta os lábios num bico assimetricamente pronunciado e desvia o olhar do homem à sua frente.

O descompasso das almas é sublinhado pelas mãos que não se apertam. A dele ao menos se abre. A dela, nem isso. Dilma apenas toca Joaquim com a metade dos quatro dedos. Ele cumprimenta como quem chegou. Ela cumprimenta como quem não vê a hora de partir.

Conjugados, tais detalhes sugerem que, se Joaquim Barbosa sabe que chefia um dos três Poderes independentes, Dilma Rousseff imagina chefiar um Poder que dá ordens aos outros. O julgamento do mensalão já deixou claro que não é assim. A maioria dos ministros é imune a esgares. Os que temem carrancas nem precisam disso para atender aos interesses do governo. Não são juízes. São companheiros.

sábado, 24 de novembro de 2012

Entrevista com Especialista sobre Economia Verde


Correção de Rumo – Entrevista com Pavan Sukhdev

José Alberto Gonçalves/Página 22
Pavan Sukhdev foi executivo sênior do Deutsche Bank, liderou o estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (2010) e é o principal autor do relatório Rumo à Economia Verde, publicado em fevereiro de 2011 pelo Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA), que o nomeou Embaixador da Boa Vontade no mês passado. Preside desde abril de 2011 a consultoria internacional Gist, especializada em economia verde
“Os modelos corporativos mais bem-sucedidos (tais como a Apple) de fato inserem a obsolescência dentro de seus produtos e estratégias de marketing.”Tal afirmação é uma das mais tênues considerações do recém-lançado livro Corporation 2020 (Island Press; Nova York) sobre os problemas provocados por um modelo empresarial centrado no lucro. Escrito pelo economista indiano Pavan Sukhdev, o livro tornou-se uma espécie de porta-voz do movimento Corporation 2020, liderado pelo próprio autor, que o lançou na Rio+20, e sediado no Centro de Negócios e Meio Ambiente da Universidade Yale, nos Estados Unidos.
Nesta entrevista concedida via Skype, Sukhdev – que participava da 11a Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade, na Índia – é ácido em suas críticas às corporações do capitalismo de livre mercado. Diz que muitas praticam um lobby agressivo para impedir os governos de regulá-las e fisgam os consumidores com propaganda enganosa.
Mas não faz críticas sem apresentar sugestões para uma correção de rumo.O economista propõe uma reforma profunda no sistema econômico, não apenas em nível macro, como também na esfera dos negócios. Ele crê que o lucro não é um mal em si, desde que as corporações atuem com propósitos sociais. Sua receita para as companhias inclui transparência nos impactos socioambientais, tributos pela extração de recursos naturais, limites mais rigorosos de endividamento como antídoto contra crises financeiras, além de publicidade inteligente e ética.
O livro Corporation 2020 é uma derivação dos prévios estudos que o senhor coordenou – A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) e o Relatório sobre Economia Verde (REV), produzido para o PNUMA, o programa das nações Unidas para o Meio Ambiente?
Corporation 2020 é certamente uma extensão lógica do Relatório sobre Economia Verde. O que fiz foi levar o pensamento da economia verde do nível da macroeconomia para o da microeconomia. Se temos as condições para viabilizar a transição em um nível macro, o que significa subsídios, acesso ao mercado, incentivos para negócios verdes e regulação, entre outras, podemos prever o que é necessário fazer ao mesmo tempo na microeconomia.
Nesse nível mais micro, isso significa o pagamento de impostos sobre os recursos naturais utilizados na produção, a natureza ética da propaganda, a imposição de limites para o endividamento e a comunicação pública (sobre o desempenho financeiro e as externalidades, ou seja, os impactos positivos e negativos da atividade empresarial sobre o meio ambiente e a sociedade).
Suas críticas ao mundo corporativo parecem estar mais afiadas neste seu novo livro do que nos estudos anteriores que o senhor coordenou.
É certamente uma crítica mais afiada, mas segue a mesma direção de meus trabalhos anteriores. Para mudar a direção dos negócios, da economia marrom à verde, precisamos remover subsídios aos combustíveis fósseis e adotar subsídios às tecnologias limpas, entre outras medidas. Mas penso que também necessitamos nos distanciar de um modelo econômico em que a natureza da corporação é puramente guiada pelo lucro e não mais por quaisquer propósitos sociais.
Desse ponto de vista, precisamos também olhar para a natureza do Produto Interno Bruto, que é calculado tanto em âmbito nacional quanto na esfera corporativa, que emprega apenas os componentes financeiros da medida. Temos, porém, um problema com esse modo de medir o desempenho corporativo.

Não podemos mensurar o que não gerenciamos. Se os reais componentes da atividade empresarial não estão sendo mensurados, não será possível alcançar o modelo corporativo que projeto para 2020.
No ano passado, no sumário do REV para formuladores de política (o documento Rumo à economia verde), um dos argumentos utilizados foi o de que os investimentos na economia verde levariam a um crescimento no PIB superior ao da economia convencional. Em seu livro, porém, o senhor não considera o crescimento do PIB um fator relevante para a economia verde.
O PIB era um dos seis argumentos para convencer os políticos sobre a importância da economia verde. Usamos esse argumento porque frequentemente as pessoas dizem que a economia verde é algo positivo, mas que provoca queda no PIB.

Nosso modelo projetou que, mesmo quando o PIB é medido sob a metodologia convencional hoje utilizada, que não contabiliza ganhos e perdas no capital natural, alcançamos uma resposta melhor após cinco a sete anos de investimentos em produção limpa.

O capital natural é um outro bom motivo para investir na economia verde, uma vez que ele cresce imediatamente, já nos primeiros cinco a sete anos da transição, em decorrência da redução na pegada ecológica, no uso de energia e água.

Os políticos ouviram o que tinham de ouvir (com o REV). Agora precisamos conversar com as corporações e perguntar a elas se pensam que podem continuar crescendo o tempo todo. As companhias do modelo descrito em Corporation 2020 focam na criação de valor de maneira distinta, não se restringem ao aumento nos volumes de venda (e da margem de lucro).
O sumário do REV foi muito criticado por ambientalistas, e mesmo por alguns especialistas em sustentabilidade, por conta do uso do aumento do PIB como uma razão para convencer os governos sobre os benefícios da economia verde.
Nunca foquei simplesmente no PIB, essa crítica é errada. E a publicação – o sumário – era focada nos formuladores de políticas. Estamos saturados, francamente, com os questionamentos dos ministérios de finanças dos países a uma suposta incapacidade de a economia verde gerar crescimento no PIB.

O ponto é que o aumento no PIB no cenário de investimentos em tecnologias verdes, que acaba superando as previsões de crescimento da economia marrom, é a vantagem menos importante da economia verde. As vantagens reais são outras. Se a linha de argumentação do REV for seguida, a pegada ecológica diminuirá e será possível aumentar o capital natural, ajudando na erradicação da pobreza.

Evitaríamos, portanto, os problemas dos limites do planeta se prosseguíssemos a rota da economia verde, que precisa ser acelerada, porque não temos 100 anos para resolver os problemas – a transição precisa ser realizada nos próximos 10 a 15 anos.
Como o senhor argumenta em seu livro, a mudança no funcionamento das empresas depende de modificações estruturais no mundo corporativo e forte regulação dos governos. Contudo, o senhor também diz que os governos são alvos prediletos dos lobbies corporativos para que afrouxem a regulação sobre as empresas. Como sair desse círculo vicioso?
Esse é um desafio muito difícil. Para obter lucro, ao mesmo tempo gerando externalidades negativas, é exatamente o que elas estão fazendo: lobbying, lobbying e lobbying. Um exemplo recente do problema é o do lobby na Austrália que veiculou propaganda enganosa a fim de pressionar o governo a cancelar o imposto sobre recursos naturais introduzido em 2010.

Esse foi o primeiro movimento realizado por um governo nacional na correta direção da taxação de recursos naturais. A única solução para isso é tornar o lobby transparente, o que significa comunicar publicamente seus objetivos e apelar aos líderes corporativos.

Os cidadãos podem desafiá-los declarando que seus nomes serão lembrados na história como criminosos se prosseguirem fazendo esse tipo de lobby. Espero que os líderes sejam persuadidos a nos seguir. Mas reconheço que este é o maior desafio entre os problemas que descrevo.Mudar o comportamento dos lobistas é um desafio psicológico.


O senhor destaca o comportamento ético quando discute o tema da publicidade e mesmo outros aspectos do DNA das empresas da economia verde. A postura ética é essencial nas empresas dessa nova economia?O que tal atitude tem a ver com a ética individual?


Não é correto argumentar que algumas corporações serão desonestas porque algumas pessoas são desonestas. As corporações são instituições que proveem quase 60% do PIB global e 70% dos empregos. Uma instituição precisa apresentar os mais elevados padrões de conduta ética e moralidade. As corporações são as mais importantes instituições de nosso tempo. É inaceitável que uma companhia seja desonesta como um ladrão que rouba algo de meus amigos na Índia.
Em seu livro, o senhor afirma que não se sabe ao certo se as empresas tendem a se comportar de maneira mais antiética do que a média dos seres humanos. É factível esperar que as companhias atuem com padrões éticos mais elevados do que a média dos humanos?
Há leis para prevenir comportamentos antiéticos nos humanos. Mas suas externalidades não são significativas como as das empresas. Existem leis para combater atos como roubos e crimes, e elas também se aplicam às corporações. Porém, não há leis de combate aos lobbies. Nos Estados Unidos, é positivo que os lobbies sejam obrigados a se registrar no Congresso.

Infelizmente, o mesmo não se aplica à maioria dos países. É importante controlar a atividade de lobby, torná-la mais transparente, divulgar a origem de seus fundos no relatório financeiro da companhia. Se observarmos as outras mudanças que sugiro no livro, se formos sérios em levá-las adiante, é possível promovê-las em dez anos.
Recomendo a comunicação pública das externalidades positivas e negativas (impactos socioambientais), o estabelecimento de normas éticas pelas associações de agências publicitárias, a criação de limites sobre o endividamento das empresas e a tributação do uso de recursos naturais e seus efeitos negativos. A atividade de lobby será a mais difícil de mudar.
Muitos estudiosos da economia verde sublinham o papel da tecnologia da informação na economia de recursos naturais. Mas esse setor também é um dos mais beneficiados financeiramente pela obsolescência programada de seus equipamentos.

Como lidar com o tema da obsolescência no DNA das corporações da economia verde?
A solução pode vir da inclusão de informação sobre a longevidade dos produtos nos anúncios publicitários, o que chamo de publicidade inteligente. Se um anúncio diz que determinados modelos de iPhone e baterias duram dois anos e outro informa que o modelo dura seis meses, o consumidor tenderá a se interessar pelo produto com maior expectativa de vida.
Já existem empresas praticando essa publicidade inteligente, como a Patagonia (empresa de roupas e acessórios esportivos com sede na Califórnia), que publicou um anúncio grande no New York Times na Black Friday em 25 de novembro de 2011 com a seguinte expressão acima do desenho de uma jaqueta: “Não compre esta jaqueta”. Abaixo do desenho, a companhia informava dados da pegada ecológica, consumo de água para fabricá-la e emissões de gás carbônico, entre outros.
Eles estavam disseminando a ideia de que a jaqueta pode ser usada por um longo tempo, em até dez anos, o que implica transformar a psicologia do consumidor para que pense em termos de relação entre custo e benefício (tratava-se de um produto da própria Patagonia, com 60% de poliéster reciclado e inúmeros cuidados ambientais na produção da peça; a empresa declara no anúncio que pretendeu sensibilizar os consumidores para comprarem apenas o necessário na temporada gorda de vendas nos Estados Unidos que se inicia anualmente na Black Friday, um dia depois do Dia de Ação de Graças).
O senhor está propondo uma transformação profunda e rápida, em 10 a 15 anos, no sistema econômico e nos objetivos das empresas. Como ela ocorreria?
Chamo essa mudança de capitalismo tridimensional, visto que ele não deixa de gerar lucro, mas ao mesmo tempo cria externalidades positivas. O negócio do futuro precisa gerar benefícios colaterais em vez de danos colaterais, como já pregaram outros pensadores. Os benefícios colaterais são as externalidades positivas. Isso ainda é capitalismo, mas significa que é necessário mensurar as externalidades negativas, informá-las publicamente e gerenciá-las para que diminuam.
A companhia precisa investir (na produção limpa) e mostrar que suas externalidades positivas estão aumentando. É isso que alinha as empresas que possuem o DNA da Corporação 2020 com o propósito social. Hoje, propósito social são bens comuns, como ar limpo, água potável, lei e ordem, harmonia comunitária, amizades.

Ninguém no mercado paga o preço por essas coisas, pois não há mercado para esses bens comuns. As corporações de hoje não se importam com essas coisas. As corporações em um futuro próximo precisarão observar o espaço público onde operam, o espaço público do capital.
Como as corporações sobreviverão em um mercado que carece de recursos naturais, onde há danos causados pelas mudanças climáticas, problemas com a biodiversidade, a água, conflitos nas comunidades, as pessoas se enfrentando nas ruas, sem lei e ordem?
Quais são as três dimensões do capital?Uma é o capital natural. A segunda dimensão é uma combinação do capital humano com o capital social. O capital humano é o que pertence ao indivíduo em termos de boa saúde, inteligência e habilidades. Capital social é a estrutura da sociedade, o que viabiliza a existência de comunidades, amizades, lei e ordem, harmonia comunitária, instituições. E a terceira dimensão é a do capital físico, que inclui o capital financeiro.

Chamo o capital financeiro também de físico porque, na forma de dinheiro, possibilita a compra e venda de bens físicos, tais como automóveis e edifícios. Mas converter dinheiro em saúde ou lei e ordem não é algo que um indivíduo possa fazer. Se uma companhia possui capital físico e financeiro, isso não significa que necessariamente ela também cria capital humano. Se ela tiver capital natural, isso não levará por si só a deter os dois outros lados desse capitalismo tridimensional.

A Corporação 2020 precisa aumentar seu capital nessas três dimensões.
Não há o risco de companhias mais avançadas nesse projeto 2020 sofrerem concorrência desigual com empresas da economia marrom que produzem a custos mais reduzidos?
Por isso, é necessário haver regulação, envolver os reguladores, os órgãos que fiscalizam as obrigações de transparência nas operações financeiras das empresas, os departamentos tributários, bancos centrais, agências de publicidade, todos na mesma direção da economia verde. Dessa forma, pode ser criado aquele tipo correto de ambiente para os negócios.
A publicidade ética é uma das quatro características da nova empresa verde de Corporation 2020. Como fazer a publicidade mais ética sem ser acusado de limitar o princípio da livre expressão?
(Risos) A liberdade para enganar nunca foi a intenção da liberdade de expressão. Basicamente, há dois princípios. Um deveria ser o da transparência, em que a empresa divulga publicamente sua política de publicidade. Mensurar as externalidades também ajudará a empresa a ser transparente.

O outro princípio é o de que nunca use anúncios publicitários diferentes a depender da situação de desenvolvimento da sociedade. Três estratégias devem ser observadas.

Uma é a da informação no produto sobre o uso de água, energia e materiais para fabricá-lo. A segunda é divulgar a origem do produto. Os cidadãos devem ter a opção de não comprar um produto que vem de regiões de mineração na África onde há conflitos com mortes ou calçados provenientes de um país onde se utiliza o trabalho infantil, por exemplo. A terceira é a comunicação da expectativa de duração do produto.
Na sua visão, isso depende de regulação sobre a publicidade ou de autorregulação?
Na Europa, a associação europeia de cosméticos criou uma diretriz interessante. Não é compulsória, mas deveria ser. Estabeleceram regras claras para não usar crianças na propaganda, o que é aceitável ou não em anúncios para crianças, e como a sexualidade deveria ser representada na publicidade destinada aos consumidores de cosméticos. É uma boa ideia porque cria uma publicidade mais ética. A Comissão Europeia deve logo aprovar uma diretriz sobre a publicidade de produtos alimentícios – se a indústria diz que o alimento é mais saudável, deverá apresentar prova científica clara do que anuncia.
As montadoras no Brasil anunciam carros rodando em vias vazias, enquanto as grandes cidades, como São Paulo, estão sendo paralisadas pelos congestionamentos. Teremos de aguardar uma autorregulamentação da propaganda sobre carros para que eles sejam apresentados de forma mais realista aos potenciais compradores?
(Risos) As montadoras não estão se movendo naquela direção da Corporação 2020. Talvez uma saída esteja nas pressões de consumidores e algumas ONGs e no aconselhamento pelo governo, que pode pedir às montadoras que estabeleçam uma autorregulamentação para a propaganda de veículos, seguindo bons exemplos de outros setores. O que acontece é que as pessoas não veem a propaganda como opinião. Na realidade, a propaganda é justamente uma opinião, às vezes uma opinião enganosa que pode levar à compra de um produto danoso ao indivíduo e ao meio ambiente. Infelizmente, a propaganda não pode ser levada à Justiça.

PARTICIPE DO FÓRUM AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL NOS DIAS 5, 6 e 7 de DEZEMBRO (INSCRIÇÃO GRATUITA)





Partindo da premissa que a o diálogo é a chave que pode levar a Amazônia ao desenvolvimento sustentável,  participe do Fórum Amazônia Sustentável, a ser realizado nos dias 5, 6 e 7 de Dezembro, no Hangar - Centro de convenções e feiras da Amazônia.

Nestes dias, representantes dos países amazônicos se reúnem em Belém do Pará, bem como também empresários, cientistas, estudiosos, Ong's e lideranças sociais, que farão parte das conversas, oficinas e debates.

E vc? o que pensa do futuro da região?

vamos conversar conosco em busca de um futuro viável para a região.

Veja o link abaixo do teaser (em português) e lá consta o site onde poderá se inscrever para o grande encontro.Participe! >>>>> http://www.youtube.com/watch?v=zrlceKtnjp8

Site>>> http://www.forumamazoniasustentavel.org.br/ (Para inscrições)

Veja também o Slide Show sobre os rios voadores>>> http://www.forumamazoniasustentavel.org.br/?page_id=233

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SENADORES APROVAM PROJETO ABSURDO QUE OS LIVRAM DE PAGAMENTO DE IR SOBRE SEUS 14º E 15º SALÁRIOS


(Clique na imagem para ampliá-la)



O Senado aprovou um projeto que livra os senadores de pagar imposto de renda não reconhido sobre o 14º e 15º salários recebidos entre 2007 e 2011.

O projeto aguarda promulgação apresenta um gasto de 5,18 milhões, ou seja, nobres, eles (senadores) querem que nós - que não temos 14º e muito menos 15º salários - paguemos o imposto de renda (IR) deles, pois deixaram de recolher os valores devidos....pode? E mais grave, porque a receita federal não cobrou isso anteriormente? para nós, assalariados, temos que pagar tudo em dia e é cobrado tudo, e para eles? estão acima da lei?

Ainda temos que ouvir as asneiras e ironias do milionário presidente do senado, José Sarney, (acima)......o pior de tudo, é que não pagaremos somente os 5,18 milhões não recolhidos por eles, bancaremos esse valor, - na hipótese de execução fiscal da receita - com multa, juros, honorários dos procuradores da república, custas processuais e tudo o mais.....

Mas caro cidadão e cidadã, vivemos em um mundo onde a participação cidadã está facilitada com a internet, então vamos pressionar os senadores para explicações e para voltarem atrás dessa aprovação absurda, podemos mandar e-mail para cada um dos 81 senadores, use esse link para fazer isso:

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/11/21/envie-sua-reclamacao-aos-senadores-da-republica/

Eu mandei um e-mail ao presidente do senado, José Sarney, veja:

Prezado Senador Sarney,

Congratulo-o pela aprovação do projeto pelo senado que livra os senadores do pagamento de imposto referente ao 14º e 15º salários, Isso é uma prova do porquê do senador é uma das figuras mais amadas (desculpe a ironia, não resisti) deste país, sendo presidente do senado não por acaso.

Vossa excelência sempre legislou e atuou em prol do seu bolso, usou sua influência para beneficiar seu grupo político, e/ou aquele grupo que apóia o seu.

Vossa excelência é tão astuto que transformou seu Estado, o Maranhão, no único estado da federação brasileira que não teve alternância de poder em quase 50 anos.

Vossa excelência ajudou a espalhar a pobreza e desigualdade por este país afora, ao deixar morrer a míngua seu próprio povo, por falta de tudo: Educação, Saúde, Segurança..etc e também por se tornar o senhor próprio, um dos homens mais ricos do Brasil. (sem nos explicar de onde vieram tantos bens com renda incompatível).

Vossa excelência ajudou a acabar com o meio ambiente, tanto no seu estado quanto Brasil afora, ao impor goela abaixo - por exemplo -  a Hidrelétrica de Belo Monte, em área de floresta virgem. 

Inclusive a pasta de Minas e energia do governo federal é de vossa excelência.

Vossa excelência tem muitos feitos, mas saiba que o Universo nos retorna tudo que lhe enviamos, (seja palavras, pensamento e atos), portanto, espero que o senador tenha feito bom usufruto de todas 
as infâmias que impingiu a outrem, pois pelas leis imperecíveis e incorruptíveis do Universo,  elas voltarão todos para o senhor, quer acredite nelas ou não.

E Agora, Vossa excelência quer que todos nós - que não temos 14º nem 15º salários -  paguemos o IR de vocês, parlamentares, pois deixaram de recolher os impostos devidos?

Sei que vossa excelência tem uma cara-de-pau que merece o melhor óleo-de-peroba do mundo, mas não acha que agora o nobre coronel passou dos limites? 

Sei que vossa excelência quando confrontado com a força do povo se acovarda, e não responderá meu e-mail, mas saiba que a história contará todas as suas pegadas infames na política brasileira, e não será ao lado de Rui Barbosa, como vossa excelência tanto desejaria, mas sim ao lado daqueles que nunca tiveram compromisso real com o povo brasileiro,e essa votação em relação ao imposto dos 14º e 15º salários, dão uma prova viva do que estou falando.

Como disse anteriormente, nobre coronel verdugo dos pobres e oprimidos, o Universo lhe devolverá tudo que fez, mas saiba que em relação a essa votação a coisa não vai ficar assim.

Nos mobilizaremos para que seja restituído à nação, o que é dela devido.E quanto ao Senhor, espero que sua aposentadoria chegue em breve, pois não aguentamos mais ver sua cara de pau na TV, falando retóricas e hipocrisias.

Até (nunca) mais.

Fábio Macedo

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jatene cria Programa de Fortalecimento à Gestão Municipal


Belém - O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), implantou, por meio de decreto publicado no dia 1º de novembro, o Programa de Apoio ao Fortalecimento da Gestão Municipal, que busca apoiar e fortalecer a capacidade institucional dos municípios paraenses no desenvolvimento das políticas públicas em diversas áreas, entre elas a Gestão, Educação, Saúde e Assistência Social, além de orientar os novos prefeitos eleitos no último pleito neste momento de transição. Com isso, o governo quer assegurar a continuidade das atividades administrativas na prestação de serviços públicos, o atendimento às demandas da população e a capacitação de servidores e gestores públicos nos municipios.
A Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos é quem vai coordenar as ações do programa. A titular da Sepe, Tereza Cativo explica que o programa vem ao encontro de uma necessidade que os novos gestores municipais estão apresentando no momento, no que diz respeito à transição de governo. “Os novos prefeitos precisam tomar conhecimento de tudo, eles têm que cobrar do prefeito que deixa o cargo tudo, tanto nas exigências na Lei de Responsabilidade Fiscal, como nas normas dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios. Eles têm que formar suas equipes de transição e orientá-las sobre como devem se comportar nesse momento”, disse Cativo.
Tereza Cativo ressaltou que o principal eixo do programa é o apoio às políticas públicas dos municípios. “Teremos um grande avanço com este novo programa. É fundamental que os prefeitos conheçam determinados caminhos que viabilizem recursos. Muitos desses programas que os municípios precisam desenvolver nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social precisam estar articulados às diretrizes dos governos estadual e federal para que se garanta a liberação de recursos. Vamos orientar os gestores sobre como obter operações de créditos e quem são os órgãos responsáveis por esse processo. Tudo isso diz respeito a uma engrenagem maior, que se chama gestão pública”, explicou a secretária.
A primeira experiência do programa já está em curso, com a cessão de técnicos do Governo do Estado para compor a equipe de transição do prefeito eleito de Belém, Zenaldo Coutinho, entre eles a própria secretária Tereza Cativo. Várias prefeituras já buscaram o auxílio da Secretaria de Projetos Estratégicos para participar do programa. O órgão deverá enviar técnicos até os municípios solicitantes para acompanhar a transição de governo e apontar os rumos das políticas públicas que precisam ser adotadas pelos novos gestores.
A inserção no programa poderá ser solicitada através de correspondência endereçada ao chefe do Poder Executivo Estadual. Além dos gestores, os servidores municipais também serão capacitados através de programas de formação e qualificação profissional ofertados pela Escola de Governo do Pará (EGPA).

[CHARGE] SARNEY CRITICA RETIRADA DE "DEUS SEJA LOUVADO" DAS NOTAS DE REAL

 Sarney critica a retirada da frase "Deus seja louvado" das células de real, só aceitaria se trocasse por essa aí.....


(Clique na imagem para ampliá-la)

domingo, 18 de novembro de 2012

MARANHÃO: O FUTURO PENHORADO


Por @LigiaTex - Blog Marrapá - http://www.marrapa.com/
Nenhum outro estado do Brasil teve a coragem de pedir um empréstimo ao BNDES no valor solicitado pelo  Maranhão (R$ 3,8 bilhões) e nenhum outro governo teve a audácia de pedir a aprovação desse empréstimo sem  discuti-lo detalhadamente com a sociedade a respeito da destinação dos recursos
Enquanto todos os demais estados do Brasil investirão os valores obtidos no BNDES em obras específicas de infraestrutura, no estado do Sarney , com o sugestivo nome de “Viva Maranhão” a Assembleia Legislativa aprovou um empréstimo imoral sob o pretexto genérico de combater a pobreza no Estado.

O silencio cúmplice da imprensa

Em qualquer outro lugar do mundo um estado pedir um empréstimo de 3,8 bilhões seria um escândalo de proporções estratosféricas, mas no Maranhão, onde tudo pode, a aprovação do empréstimo passou como se fosse uma coisa qualquer, de rotina, sem que a imprensa e a sociedade pressionassem o governo a dar maiores explicações

Um poder engessado

A ausência de debate e a aprovação do projeto em regime de urgência demonstram a inutilidade do poder legislativo. Com uma oposição diminuta e encurralada pela bancada governista, os deputados contrários aos empréstimos não tiveram força nem mesmo para pressionar pelo detalhamento do projeto de lei aprovado de afogadilho.
Com mais esse empréstimo, a dívida do Maranhão com o BNDES passará das casas dos 10 bilhões de reais. Uma conta a ser paga pelas próximas gerações e que servirá, muito provavelmente, para a realização de convênios suspeitos com as prefeituras do interior. O que na prática, significará compra de apoio para o candidato do governo do Estado nas eleições de 2014.
Resta listar os abnegados deputados estaduais que votaram contra mais esse crime cometido pelo Governo do Estado: Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PT), Othelino Neto (PPS), Eliziane Gama (PPS), Carlos Amorim (PDT), Cleide Coutinho (PSB) e Gardênia Castelo (PSDB).

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Carga tributária brasileira é maior que a média da América Latina


Brasília- A elevada quantidade de encargos que os brasileiros pagam já é bem conhecida da população. O impostômetro instalado no centro da capital paulista pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) já contabiliza mais de um trilhão de reais desembolsados pelo contribuinte, de janeiro até novembro deste ano. Mas o que um relatório elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela é que a carga tributária brasileira é 67% maior do que a média da América Latina.
O estudo, feito em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat), compara a carga tributária brasileira à carga de países de primeiro mundo, salientando que supera a de 16 das nações mais desenvolvidas, incluindo Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão.
A economista Elena Landau acredita que a alta carga tributária não condiz com os serviços públicos oferecidos pelo executivo, e ressalta que a gastança desenfreada é um dos grandes problemas da administração pública. “Mais grave que o patamar da carga tributária é a tendência de crescimento sem o retorno adequado e sem preocupação com os gastos”, afirma. Para ela, a resolução dos problemas existentes deveria ser tratada como ponto primordial pelo Executivo. “É uma questão de prioridades, entre gastos correntes e permanentes, sendo que esses tratam de questões de infraestrutura, educação, saúde, segurança. O governo prioriza gastos que não deixam raízes para o futuro”, avalia.
Segundo a economista, considerando-se as necessidades de desenvolvimento econômico do país, o entrave na arrecadação de tributos se dá pela concentração desses nas mãos da União. “O problema no Brasil são os impostos indiretos. Depois que a Constituição fez a repartição das competências de receitas tributárias, temos alguns impostos não muito transparentes, que vão direto para a União, que não reparte os encargos com os estados e municípios”, aponta.
Elena defende uma redefinição da questão federativa, além de maior clareza nas ações governamentais. “É preciso mais transparência, para que o consumidor saiba o que está pagando, além de se promover a divisão dos encargos arrecadados pela União com os estados e a revisão do pacto federativo”, finaliza.
PSDB defende diálogo – Para o deputado Vaz de Lima (PSDB – SP), o maior indicador vai além das pesquisas. “Pra mim, a carga tributária de um país deve ser medida a partir da prestação de serviço em contrapartida aos valores recolhidos pelo governo. Se você tem uma carga elevada mas tem todos os serviços prestados e de boa qualidade, é perfeitamente aceitável”, argumenta ele. O tucano ainda frisa que a classe média é a mais prejudicada já que, como se não bastassem os altos valores a serem recolhidos, ainda tem que providenciar educação, saúde, transporte e segurança para ter um mínimo de conforto, considerando que esses serviços quando públicos são deficientes.
Ele ainda ressalta que o partido vem propondo diálogos, como o projeto de lei (PL 1472/07) que detalha os impostos pagos pelo cidadão na nota fiscal. “É partindo desse princípio que nós apregoamos uma mudança substancial do sistema tributário. Nada justifica a leniência do governo em não falar sobre isso. Do jeito que está não dá pra ficar, é como se estivéssemos enxugando gelo. O país não consegue se desenvolver”, complementa o deputado.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Brasileiro consome 5,2 litros de Agrotóxico por ano.....


Os ruralistas, que se colocam como os "salvadores da pátria" Brasileira, afirmando que são eles que colocam comida no prato de cada um de nós,  (uma meia-verdade), omitem que também colocam muito veneno neles....eis os dados alarmantes:




(Clique na imagem para ampliar)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ENTRE A RETÓRICA E A HIPOCRISIA





O Senador Jader Barbalho, escreve todo domingo em seu Jornal, O Diário do Pará, uma coluna em que analisa, obviamente sob suas perspectiva, as questões-chaves relacionadas ao Estado do Pará, no momento em que estão acontecendo.

Porém, se tal questão entrar em conflito com seus interesses empresarias e/ou - principalmente - políticos, são solenemente ignoradas.Um exemplo foi a questão da divisão do Pará, cujo plebiscito foi realizado em dezembro de 2011, e que entrou pra a história do Brasil pelo seu pioneirismo de escutar a população acerca de questão importante.

Este Blogueiro, que lê o referido jornal todo domingo, não se lembra de ter visto o Senador abordando o assunto, negligenciado convenientemente pelo mesmo. Tão pouco se posicionou pelo "Sim" (à divisão) ou pelo "Não".

Há alguns domingos atrás não se esquivou de uma questão importante: A Energia Elétrica e a situação difícil porque passa a CELPA. Mas quem lê as coisas nas entrelinhas, viu claramente que não movia o senador a proteção do bem estar dos paraenses, e sim, para exteriorizar seus ranços do passado, já que foi em 1998 que ocorreu a Privatização, ano em que sofreu sua derrota mais emblemática, em eleições: perdeu o Governo do Estado para o então Governador, (que era candidato à reeleição) Almir Gabriel. Jader chegou a dizer em uma entrevista - sem o provar, obviamente - que o então governador usara o dinheiro da privatização para vencer a eleição.

O link para o artigo sobre a CELPA neste link>>>  http://www.jaderbarbalho.com/site/2012/09/30/celpa-a-preco-de-banana/.

A afirmação que o senador não tem real preocupação com os Paraenses em relação à questão da CELPA, se baseia por uma dedução lógica: A pasta de Minas e Energia é comandada no Governo Federal pelo seu amigo e correligionário de longa data, José Sarney, (através do capacho dele, Edson Lobão).

Se ele de fato quisesse, não lhe seria perfeitamente possível acionar o "coronel" maranhense no intuito de impedir que a CELPA tombasse? articulando, por exemplo, que o Governo Federal  do PT (que o seu partido, PMDB, é aliado preferencial e principal) aportasse recursos na empresa paraense e assumisse seu controle?

Domingo passado, (dia 4 de Novembro), em novo artigo, o senador se superou na hipocrisia. Ao lamentar o fechamento da COSIPAR, (a companhia siderúrgica do Pará), disparou críticas pelo descaso do Governo Federal ao Pará, e ENUMEROU várias obras e projetos que ou não foram feitos pela UNIÃO, ou foram transferidos INDEVIDAMENTE à outros lugares, até aí tudo bem, - embora o senador pode, mais do que a maioria de nós, pobres mortais, fazer muito mais pelo Pará do que reclamar), porém ao citar que o nosso minério foi transferido para exportação via Maranhão, - ao invés de ser usado um de nossos Portos aqui no Pará - fiquei pasmo.

Fiquei estupefato porque isso ocorreu em uma época em que Jader estava no auge do poder, e era Governador do Pará, e posteriormente foi ministro de José Sarney.E o que ele fez para evitar que o nosso minério fosse escoado pelo Maranhão, de seu amigo Sarney, e não aqui, no Pará?

Eis o artigo aqui>>>> http://www.jaderbarbalho.com/site/2012/11/04/contra-o-retrocesso-e-a-estagnacao/.

Consultei a esse respeito, um político, que na época era deputado opositor na gestão dele como governador, e perguntei à ele sobre essa questão do Minério ir para o Maranhão, e ele disse que Jarbas Passarinho cedeu aos militares a criação do porto de São Luís, (chamado de ponta da madeira) e o Barbalho ficou olhando tudo acontecer sem fazer nada..... o famoso silêncio obsequioso.... que benefício ele colheu permitindo esse roubo, essa humilhação, ao nosso Estado?

Hoje o Pará recebe milhares de pessoas do Maranhão, - pela estrada de ferro construída em 1985, ano em que Jader era Governador do Pará -  sem nenhuma qualificação, tendo o estado do Pará que bancar segurança, educação, saúde, etc (fora os problemas sociais, como criminalidade e tráfico de drogas), enquanto em caminho contrário, o trem  vai abarrotado com as nossas riquezas, o melhor minério de ferro do mundo, gerar empregos e impostos ao Estado que nos vampiriza, através de Sarney, e que Jader tem a cara de pau de culpar outrem, quando ele tinha o poder nas mãos de impedir tudo isso.

Não somente à esse respeito, mas em muitos outros assuntos deve explicações o atual senador Jader Barbalho para as novas gerações.....mas, tal como em relação ao seu patrimônio absurdamente alto e incompatível com sua renda, que ele nunca esclareceu, em relação à assuntos em que ele esteve direta ou indiretamente envolvido (e não fez nada) também não se espera maiores esclarecimentos.....pois como disse o Jornalista Lúcio Flávio Pinto em relação à ele certa vez, quem se cala é porque consente......



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DILMA: MUITA RETÓRICA E POUCA AÇÃO NO COMBATE À VIOLÊNCIA


“Insegurança pública”, análise do ITV

Análise do Instituto Teotônio Vilela
O governo federal parece muito preocupado com a segurança pública no país. Mas se satisfaz em aplacar suas aflições com simples retórica. A atenção no combate ao crime não tem se traduzido em prioridade orçamentária: os investimentos no setor despencaram no primeiro ano da gestão Dilma Rousseff.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou ontem seu anuário, relativo ao exercício de 2011. Na comparação com 2010, a queda dos gastos do governo federal com segurança pública foi de 21,26%. Os investimentos da União no setor caíram de R$ 7,3 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
São, portanto, R$ 1,6 bilhão a menos, que fazem toda a diferença num país em que a taxa de homicídios está estacionada em torno de 23 por 100 mil habitantes – a despeito da promessa de reduzir o índice à metade, feita, e obviamente não cumprida, pelo governo Lula quando lançou o malfadado Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania).
Mais grave é que o maior corte ocorreu na área de informação e inteligência: foram 58% a menos em 2011, nos mais baixos desembolsos do governo federal para esta finalidade desde 2006. Cabe notar que, dos R$ 5,7 bilhões gastos com segurança pública, somente 0,6% são destinados a esta área, justamente onde estão as melhores armas para se combater o crime, segundo é consenso entre especialistas.
Os números oficiais desmentem a suposta boa vontade da gestão petista em participar do esforço das unidades da Federação para derrotar a criminalidade. Além da União, somente seis estados reduziram suas despesas com segurança no ano passado: só o Rio Grande do Sul, governado pelo também petista Tarso Genro, foi mais avaro, cortando as despesas em mais de 28% entre 2010 e 2011.
A explicação do Ministério da Justiça para o corte faz corar de tão absurda. Segundo a diretora do Departamento de Pesquisas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo, é comum os orçamentos serem “repensados” “nos primeiros anos de governo”, conforme afirmou a’O Estado de S.Paulo. Até serviria como justificativa se o PT não estivesse por lá há dez anos…
“Desde a criação do plano nacional de segurança pública, no governo Fernando Henrique Cardoso, houve um consenso de que os governos estaduais não têm condições sozinhos de implementar sua política de segurança. Se a União reduz esse investimento na área, certamente há um impacto negativo”, contrapõe o pesquisador Vasco Furtado à Folha de S.Paulo.
Enquanto alguns estados chegam a comprometer mais de 10% de suas despesas com segurança pública, a União gasta apenas 0,4%, percentual que vem caindo desde 2009. Mais: o gasto per capita do governo federal é de R$ 29,86, para uma média nacional de R$ 267,95, enquanto estados como Minas Gerais chegam a investir R$ 335,27.
O gasto em segurança no Brasil é de má qualidade. Em percentual do PIB, aplicamos mais ou menos o mesmo que Alemanha e Argentina (1,3%), mas obtemos resultados muito piores em termos de redução da criminalidade. Enquanto aqui a taxa de homicídios é de quase 23 por 100 mil habitantes, no país europeu não chega a 1 e no vizinho, a 6.
Os números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública vieram a público numa má hora para a gestão petista: justamente quando o ministro da Justiça de Dilma, José Eduardo Martins Cardozo, tentava empurrar para o governo paulista a responsabilidade por não querer a ajuda federal para combater o crime no estado.
Na realidade, o compromisso de colaborar com os estados foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo governo da presidente, mas a propalada “união contra o crime” jamais existiu. Ao mesmo tempo, a União vem descuidando de ações que são de sua exclusiva alçada e que têm impacto direto na insegurança nas cidades: a vigilância nas fronteiras e o combate ao tráfico de drogas e armas.
O anuário divulgado ontem mostra que São Paulo aparece agora como o estado com a mais baixa taxa de homicídios do país, superando Santa Catarina: são 10,1 por 100 mil. Vale recordar que, com reiterado esforço da gestão tucana no estado, a taxa caiu mais de 70% (era 35,27 por 100 mil em 1999) em pouco mais de dez anos. Ano a ano, os investimentos em segurança sobem no estado. É, como se percebe, um quadro bem diverso do que reina no país como um todo. Não há politicagem rasteira que consiga se contrapor a isso.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PORQUE as MULHERES amam CHRISTIAN GREY?


Por Ricardo Jordão http://www.bizrevolution.com.br/

50tons
Na vida você vai perceber que existe um propósito para todo mundo que você conhece. Alguns vão testar você, alguns vão usar você, e alguns vão ensinar você. Mas mais importante que tudo, alguns vão fazer o melhor que existe em você aparecer.
A não ser que você tenha tirado umas férias em Marte, não tenha nenhuma amiga-mulher na sua vida, ou faça parte do Clube do Bolinha, você provavelmente já ouviu falar do livro 50 Tons de Cinza. 
50 Tons de Cinza é o conto de fadas do Século 21. O livro conta a história de Christian Grey, um jovem bilionário, brilhante, maravilhoso, ultra lindo, intimidador, super bem sucedido, um líder nato dos seus funcionários que ainda ajuda os pobres, piloto do próprio avião, fiel, super atencioso com as mulheres, um cara super bom de cama que se apaixona por uma menina de 22 anos totalmente tapada, virgem e que nem é o supra sumo da beleza feminina. 
O livro é um mega-sucesso em todo o mundo, inclusive no Brasil onde lidera a parada dos mais vendidos desde que foi lançado por aqui. 
50 Tons de Cinza é uma trilogia, e eu já li os três livros no meu Kindle.
Como marketeiro que sou, eu li os livros para entender porque “50 Tons de Cinza” faz tanto sucesso com as mulheres. No final da leitura, eu descobri que além de marketeiro, eu sou masoquista. Só sendo masoquista para ler os três livros até o final. A leitura do livro dói na alma, e um pé no saco, e vai piorando cada vez mais. O terceiro livro é o pior de todos. 
O livro é tosco, super mal escrito e repetitivo demais - até parece que a escritora deu uma série de “copiar-colar” em dezenas de diálogos e cenas de sexo que se repetem ao longo da história.
50 Tons de Cinza é um livro erótico. O livro tem metelança para todo lado o tempo todo. O livro se parece muito com os filmes-pornô visto pelos homens. Entre uma cena ou outra de sexo você tem uma histórinha qualquer bem chinfrin que você tem vontade de avançar rápido no controle remoto porque sabe que não vai perder nada. 
A contribuição de 50 Tons de Cinza para a história da literatura mundial é igual a contribuição do McDonalds para a nutrição. Ou seja, um lixo. 
Mas isso não vem ao acaso. 
Eu prefiro acreditar que o livro vai influenciar as mulheres a lerem outros livros, e eventualmente se aventurar em histórias muito mais bem escritas do que essa. É melhor ler um livro - seja ele qual for - do que assistir televisão ou ficar com a mente vazia. 
Eu prefiro acreditar que o livro vai salvar o casamento de muita gente que precisa ler o livro do jeito que foi escrito para aprender alguma coisa. 
Quem sabe. 
Agora, por que o livro é um sucesso?
50 Tons de Cinza foi escrito por uma mulher, inglesa, esposa, mãe de dois filhos. 
85% das leitoras que se dizem apaixonadas pelo Christian Grey são mulheres, casadas e mães. 
O que isso diz a você?
Para mim só tem uma resposta, existem milhões de mulheres em todo o mundo sendo super mal tratadas, mal entendidas e mal amadas por milhões de homens modernos e toscos tipo Fred Flinstones 2.0. 
O sucesso do livro 50 Tons de Cinza deve ser visto como mais um alerta para os homens.
Meses atrás eu fiz uma palestra em um evento fechado para 6 mil homens. O evento, bolado pelas mulheres da comunidade, reuniu seus maridos, filhos, cunhados, pais, sogros etc. 
As mulheres da comunidade levantaram os temas que os homens deveriam se aperfeiçoar, e convidaram palestrantes para falar a respeito. Eu fui até lá para falar sobre empreendedorismo, e o psicólogo que subiu ao palco depois de mim foi até lá para ensinar os homens a como tratar uma mulher. O cara falou sobre como conversar com uma mulher, como fazer carinho em uma mulher, como beijar uma mulher, como tocar uma mulher, como inspirar uma mulher etc etc etc. 
Na hora eu achei meio bizarro aquele monte de marmanjo metido a besta não saber nem como beijar uma mulher, mas a grande verdade é: os relacionamentos entre as pessoas hoje estão uma tristeza. Tudo joga contra para detonar as coisas. É preciso muita boa vontade de ambos os lados para fazer a coisa dar certo.
Como homem que sou, eu entendo um pouco da minha raça, e imagino que a galera até sabe o que precisa fazer pelas mulheres, o que eles se perguntam é, “E vale a pena fazer todo o esforço para conquistar a mulher?”. 
Bom, cabe a cada um descobrir essa resposta por si mesmo, mas uma coisa eu digo, se você não tratar bem o seu cliente, o concorrente vai encontrar uma maneira de tratá-lo bem. 
Já que os homens não vão ler o livro, eu vou facilitar a vida de vocês e listar por aqui as razões porque as mulheres amam o Christian Grey:
1. Porque o Grey elogia a mulherada o tempo todo. Toda mulher quer se sentir sexy e   maravilhosa. Os homens de hoje elogiam tão pouco as mulheres que ao fazê-lo, a mulherada já acha que o cara fez algo de errado. Então, coloca na cabeça a meta de crescer em 500% o número de elogios que você faz para a mulher que você ama. Diga a ela que você admira a atenção e dedicação que ela coloca na educação dos filhos mesmo ela tendo que dividir o seu dia entre trabalhar fora e cuidar da casa. A maioria das mulheres vivem preocupadas com a falta de feedback que recebem dos homens. Tire esse peso das costas da mulher, dê feedback! Para elas nós somos um mistério porque falamos muito pouco. A mulher precisa e quer saber a sua opinião sobre as coisas. Todo mundo precisa ouvir elogios, capricha nessa parte!
2. Porque o Grey faz a coisa acontecer. O FDP do Christian Grey além de pilotar um avião ainda sabe como consertar um ar condicionado. Mulher gosta de cara que resolve as coisas, tipo “Pode deixar que eu vou resolver isso em 2 horas” e “Pode deixar que hoje eu dou banho nos filhos, e coloco a turma para dormir”. O cara que só sabe encontrar a seção de batata frita em um supermercado e sintonizar o canal de esportes na televisão, tá danado. O homem precisa assumir a gerência de manutenção da casa e da família e fazer a coisa acontecer. Sim, todo mundo tem no mínimo dois empregos, aquele que traz o dinheiro para casa, e aquele que traz o amor para dentro do seu lar.
3. Porque o Grey cria momentos de romance. Antes do sexo a mulher precisa de amor, antes do amor a mulher precisa de romance. Todo relacionamento esfria com o tempo, mas ninguém deseja para si um relacionamento frio onde as coisas são entediantes e sem paixão. Para mudar isso, o cara precisa dar 100% de atenção quando estiver presente. Ouvir mesmo, elogiar mesmo, dar a entender que qualquer pequeno gesto da mulher é a coisa mais maravilhosa do mundo. Uma das coisas mais irritantes do livro é  a quantidade de vezes que o cara elogia a menina porque ela morde os lábios quando ela está envergonhada ou qualquer coisa do tipo. No primeiro livro isso acontece 46 vezes. Mas é isso, todas as pequenas coisas contam.
4. Porque o Grey se importa com a mulher. A verdade é que a grande maioria dos Fred Flinstones que tem por ai procuram uma mulher para substituir a mãe deles. O cara acha que a mulher tem que serví-lo e fazer tudo do jeito que a mamãe dele fazia quando era criança. BANDO DE BABACAS!!! O papel do cara é empurrar a mulher para frente. Incentivá-la a malhar, fazer o cabelo, comprar roupas novas, se alimentar direito, se preocupar com a sua saúde, e, claro, a satisfazer sexualmente e não apenas a si mesmo. E MAIS, o cara tem que fazer tudo isso sem que a mulher DIGA QUE ELE TEM QUE FAZER. Sim, é isso mesmo, o homem tem que ler a mente das mulheres. Fácil, né?
5. Porque o Grey tem seus problemas. Apesar das inúmeras virtudes, características e cliches de príncipe encantado, o cara não é perfeito - longe disso. Ele sofreu trocentos abusos quando era criança que afetaram drasticamente a maneira que ele se relaciona com as pessoas - nada muito diferente de qualquer homem que eu conheço. A heroína da história, por sua vez, apaixonada pelo cara que sempre faz a coisa acontecer, a elogia sempre, cria momentos de romance a todo momento e se importa com ela como mulher, acaba se vendo na responsabilidade de consertar o cara. Toda mulher que se preza acha que vai consertar os homens. É por isso que a mulherada se mete em relacionamentos furados, elas acham que podem mudar o homem. Kkk. Não rola. O ponto aqui é que ninguém precisa ser perfeito, mas todo mundo precisa se importar um pouco mais, ou muito mais, com aqueles que estão próximos da gente para que possamos pedir o mesmo em retorno. 
Os relacionamentos no Século 21 estão quebrando ou se quebrando, e cabe a VOCÊ consertar isso. 
A sociedade que queremos deixar para os nossos filhos e netos DEPENDE da qualidade dos relacionamentos que estamos construindo hoje. Se estivermos de bem com quem está próximo de nós, vamos conseguir tratar com amor as pessoas que encontramos nas ruas, nas empresas, nos clientes, em todo lugar. 
Ei Fred, coloque o seu coração e mente nessa questão!
Ela vai te trazer MUITO MAIS retorno do que aprender a organizar o monte de emails que você recebe todos os dias. 
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!
QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim. E Você?

sábado, 3 de novembro de 2012

JORNALISTA RICARDO NOBLAT FALA NO PROGRAMA DO JÔ






O Jornalista Recifense Ricardo Noblat foi editor chefe do Correio Braziliense e da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília.Mantém um dos mais notáveis Blogs sobre política do país, o Blog do Noblat, no portal do Jornal o Globo.Vai comentar nesta entrevista no Programa do jô, os últimos acontecimentos da vida política Brasileira.

ALBERTO GOLDMAN ANALISA DESEMPENHO DO PSDB NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012

03/ 11/ 2012 às 14:13

“PSDB mais forte, vitória da democracia”, artigo de Alberto Goldman

Artigo de Alberto Goldman, presidente interino do PSDB, publicado originalmente na Folha de S.Paulo no dia 2 de novembro de 2012
As instituições estão funcionando. O Judiciário, independente, processa e condena figurões da República transgressores da lei. O povo vai às urnas. Tudo dentro da normalidade. A democracia se consolida.
Nas eleições municipais deste ano, o PT venceu em 635 municípios, enquanto o PSDB elegeu 701 prefeitos. Os dois foram ultrapassados pelo PMDB, com 1026 prefeituras.
Quanto ao número de vereadores, o PSDB só ficou abaixo do PMDB. Porém, no chamado G85, as 26 capitais e 59 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PT elegeu 16 prefeitos (seis a menos que em 2008). O PSDB, 15 (seis a mais que em 2008).
No segundo turno, o PSDB elegeu prefeitos em 9 das 17 disputas. Interessante ressaltar que no Nordeste, onde Lula e Dilma tiveram votações altíssimas, o PSDB, junto ao DEM, venceu em 7 das 15 maiores cidades. No Norte, o PSDB venceu nas duas maiores capitais, Manaus e Belém.
A presença física nas campanhas, quase desesperada, de Lula e Dilma, não trouxe qualquer resultado.
A conclusão é que o PSDB, há dez anos longe do poder federal, obteve um excelente resultado. Avançou muito nas capitais e nas grandes cidades, retomou seu ímpeto no Norte e Nordeste e acumula forças para se contrapor ao projeto de hegemonia do PT. Renova, assim, o seu mandato de oposição e de alternativa de poder, essencial para a democracia.
O crescimento modesto do PT, mesmo contando São Paulo, onde usaram durante a campanha antigos costumes da política brasileira, como o loteamento de cargos federais (Maluf e Marta Suplicy), tornou mais distante o sonho lulopetista.
A campanha também serviu para comprovar o viés antidemocrático desse projeto. O desafio arrogante ao STF, como a reação aos votos dos magistrados e as declarações que chegavam a falar em golpe das “elites” e da mídia às instituições, mostram a recusa em admitir os erros do passado e a disposição de repeti-los.
A presença da presidente Dilma nas manifestações eleitorais, procurando transmitir a ideia de que, eleitos os seus preferidos, os eleitores teriam um melhor atendimento, agrediu os princípios constitucionais da igualdade dos cidadãos e de liberdade de expressão de suas vontades. Mostrou a verdadeira face da presidente, que sucumbiu às pressões políticas de seu criador e de seus companheiros de partido.
Além disso, há a percepção, ainda que tênue, de que a economia tem um desempenho medíocre.
A máquina estatal, dominada e aparelhada pelo PT e seus aliados de ocasião, não presta os serviços demandados pela população nem consegue realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento.
No drama do ser ou não ser, Dilma não consegue definir um modelo de desenvolvimento que supere o fisiologismo e os velhos preconceitos ideológicos do seu partido contra a participação de capitais privados no desenvolvimento da nossa infraestrutura. Os apagões de energia elétrica, nas rodovias, nas ferrovias, nos portos e nos aeroportos estão aí para comprovar.
A confiança renovada no PSDB de parte expressiva do eleitorado aumenta a sua responsabilidade de oferecer uma alternativa progressista e democrática de desenvolvimento do país. Temos valores que julgamos essenciais para uma vida em sociedade e uma visão do mundo e do país que julgamos mais democrática, articulada e contemporânea do que a dos nossos adversários.
O PSDB precisa reforçar a sua estrutura partidária, trabalhar junto à sociedade, captar os seus anseios e suas demandas, construir propostas que possam se traduzir em melhoria das condições de vida do nosso povo, daqueles que verdadeiramente necessitam do poder público para enfrentar as dificuldades.
ALBERTO GOLDMAN, 75, é presidente interino do PSDB. Governou o Estado de São Paulo em 2010